País

Notícia SIC

Portugueses disponíveis para ajudar Nour, a bebé luso-palestiniana retirada de Gaza

Depois da reportagem emitida esta terça feira, no Jornal da Noite, da SIC, várias pessoas solidárias mobilizaram-se para ajudar. À SIC chegaram ofertas de trabalho, de eletrodomésticos, roupas e até de habitações.

Loading...

Poderá ter alta em breve a bebé luso palestiniana que se encontra retida no hospital Santa Maria, em Lisboa, por falta de condições financeiras do pai para acolher a menina em casa. Várias pessoas contactaram a SIC para oferecer ajuda depois da reportagem emitida no Jornal da Noite.

Nour está pronta para deixar o Santa Maria depois de uma semana de internamento. Só não saiu ainda porque apesar da alta clínica, os serviços sociais não autorizam. Dizem que a casa do pai em Lisboa não tem condições dignas, nem de segurança para o bem-estar da menina, já sinalizada pela CPCJ - Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens.

O teto da casa está em risco de ruir, não há frigorifico, fogão e nem há apoio alimentar, mas amor e atenção não faltam, diz a assistente social num documento a que SIC teve acesso.

"Ahmed é um pai presente, interessado, que se envolve nos cuidados à sua filha e que é competente nos mesmos", lê-se.

Refere ainda que a bebé de um ano, a única que sobreviveu a três bombardeamentos na Faixa de Gaza, não se encontra em situação de perigo, mas lembra que há fatores de vulnerabilidade: ausência de rendimentos do pai, situação de despejo da habitação onde reside e as próprias condições da casa.

Nour tem agora apenas o pai, ambos já com nacionalidade portuguesa, depois de a mãe, os dois irmãos e os avós terem morrido no mesmo ataque.

Ainda sem resposta do Estado em relação ao pedido de ajuda, o pai de Nour, formado em engenharia civil, mas ainda desempregado ficou a saber que há afinal uma luz ao fundo do túnel.

Depois da reportagem emitida esta terça feira, no Jornal da Noite, da SIC, várias pessoas solidárias mobilizaram-se para ajudar. À SIC chegaram ofertas de trabalho, de eletrodomésticos, roupas e até de habitações.

15 dias depois de perder quase toda a família. Ahmad voltou a ter esperança na humanidade.