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"É urgente": Marcelo pressiona Governo para novo plano de integração de sem-abrigo

Marcelo Rebelo de Sousa diz que o Governo tem de criar com urgência um novo plano estratégico para não criar um vazio. As associações de apoio dizem que a situação é dramática e que vai continuar a piorar.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admite que a estratégia de combate aos sem-abrigo não funcionou como devia.

Nos últimos meses, a fila de pessoas para receber refeições quentes tem aumentado. As associações têm trazido cada vez mais caixas.

A associação CASA passou a distribuir mais de 90 refeições por dia, que no início do ano.

Carlota Silva, da CASA, contou a 17 de novembro, que estavam a “entregar mais 15 a 20 refeições do que é habitual”.

A Comunidade Vida e Paz diz que o número de pessoas em situação de sem-abrigo aumentou 25%. Só em Lisboa e na Amadora são perto de 500 pessoas que recebem apoio.

A dimensão deste problema aumentou depois da pandemia e, também, consequência das guerras. Marcelo Rebelo de Sousa admite que a estratégia criada pelo Governo em 2017 ficou aquém.

“Neste momento, sabemos que nem tudo o que se esperava da estratégia, que está a terminar, foi conseguido e que o número de pessoas em situação de sem-abrigo aumentou”, referiu o Presidente da República.

A estratégia nacional para a integração dos sem-abrigo começou a ser implementada em 2017 e acaba no final do ano. O Presidente da República quer que se avance já para um novo plano.

“Nesta causa não há tempo perdido, mas acabando uma estratégia não podemos arriscar que se instale o vazio. A natureza do problema exige que a própria estratégia, de 2024 em diante, seja urgente, mais urgente”, reiterou Marcelo.

O caminho para o Presidente é tentar reduzir ao máximo o número até 2026 já que não vai ser possível tirar toda a gente da rua, como chegou a prometer.