O ministro da Saúde, que não o era quando a autorização para o medicamento foi dada, garante colaboração nos três inquéritos em curso. O que foi ordenado pelo próprio Ministério a cargo da Inspeção-Geral de Atividades em Saúde, a auditoria do Centro Hospitalar Lisboa-Norte que integra o Santa Maria - onde o medicamento foi pedido e administrado - e a investigação do Ministério Público aberta contra desconhecidos.
O inquérito investiga de que forma foi autorizado pelo Infarmed o medicamento de quatro milhões de euros para as gémeas diagnosticadas com atrofia muscular espinhal.
Por outro lado, o Presidente da República recusa voltar a falar do caso. Já o primeiro-ministro garante que, da parte do Governo, não houve tratamento de exceção. António Costa diz que a comunicação enviada pela Presidência foi remetida para o Ministério da Saúde, como sempre acontece.
No dia em que a Casa Civil da Presidência da República enviou para o gabinete do primeiro-ministro a comunicação sobre as gémeas, fê-lo da mesma forma
para outros cinco ofícios.
Seis processos, todos sobre diferentes questões, seguiram de Belém para São Bento a 5 de novembro de 2019. Foram depois remetidos para os Ministérios competentes. No caso do processo do medicamento milionário, foi reenviado para o Ministério da Saúde. Seguimento que o primeiro-ministro garante que é a prática comum para qualquer comunicação enviada pela Presidência.