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Caso das gémeas tratadas no Santa Maria começou a ser investigado pelo MP há mais de um mês

No dia em que a procuradora-geral da República foi chamada a Belém, por causa da Operação Influencer, o Ministério Público começou a investigar o tratamento milionário administrado às gémeas luso-brasileiras.

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O caso das gémeas tratadas no Santa Maria começou a ser investigado pelo Ministério Público há mais de um mês, precisamente no dia em que António Costa se demitiu. A investigação, por enquanto, não tem um alvo específico, mas pode estar em causa o crime de tráfico de influência.

No dia em que a procuradora-geral da República foi chamada a Belém, por causa da Operação Influencer, o Ministério Público começou a investigar o tratamento milionário administrado às gémeas luso-brasileiras. No entanto, não se sabe se Lucília Gago terá falado sobre o caso ao Presidente da República.

A Procuradoria-Geral da República confirma a investigação, mas diz que está em segredo de justiça. Não haverá, por enquanto, um alvo específico, mas pode estar em causa, de acordo com o Expresso, o crime de tráfico de influência.

À medida que os dias vão passando, vão sendo conhecidos pormenores do processo que levou as duas crianças a receberem o medicamento Zolgensma no Santa Maria.

Primeiro contacto com o SNS terá sido em Faro

O Expresso diz agora que o primeiro contacto com o Serviço Nacional de Saúde foi afinal no Hospital de Faro. Uma familiar das gémeas que vive no Algarve terá pedido ajuda a uma pediatra que encaminhou o caso para o diretor da neuropediatria do Dona Estefânia.

O hospital pediátrico, por sua vez, diz que nunca recebeu as crianças e que todos os contactos foram feitos por e-mail. Terá sido depois dito à família que teriam de contactar o Ministério da Saúde.

António Lacerda Sales é referido no processo clínico como o responsável pelo pedido de admissão no Santa Maria, mas o ex-secretário de Estado, até agora, nunca confirmou.

A primeira consulta no Hospital Santa Maria ocorreu a 5 de dezembro de 2019, mas apenas o pai compareceu. As crianças só vão pela primeira vez em janeiro de 2020 e o tratamento de quatro milhões de euros foi administrado em junho.