Manuel Alegre aproveitou num encontro com militantes do PS em Coimbra para declarar o apoio a Pedro Nuno Santos O histórico socialista pediu ao candidato à liderança do partido que lute contra o populismo.
O histórico socialista faz referência às "forças populistas e de extrema-direita" que tentam "minar" a democracia.
"Estamos no tempo de desconstrução da democracia por dentro do interior minada por forças populistas e de extrema-direita que aproveitam os erros cometidos pelos partidos tradicionais. A incapacidade de resolver os problemas das desigualdades (…) em política são terreno propício ao crescimento da extrema-direita e ao crescimento do populismo", afirma.
Manuel Alegre acrescenta que é preciso "ganhar a democracia".
“Tu queres ganhar as eleições no partido? Queres ganhar o país? Mas eu digo-te, é preciso ganhar mais que as eleições no partido e ganhar mais ganhar mais do que as eleições no país. É preciso ganhar a democracia”.
De acordo com a sondagem do ICS e do ESCTE para a SIC e o Expresso, Pedro Nuno Santos leva vantagem sobre José Luís Carneiro.
Na resposta à pergunta “qual destes dois candidatos acha que conseguiria um melhor resultado eleitoral para o partido?”, o antigo ministro das Infraestruturas reúne 26% das respostas positivas e se contarmos apenas com os inquiridos que se dizem simpatizantes do PS, esse valor sobe para 37%.
José Luís Carneiro está dois pontos percentuais a baixo, com 24%, e dentro do eleitorado socialista esse valor sobe para 32%, mas ainda assim fica abaixo de Pedro Nuno Santos.
Esta sondagem quis avaliar também as características pessoais dos candidatos e José Luís Carneiro vence de largo, junto dos inquiridos, na ponderação e na honestidade e também leva uma boa vantagem na competência. Pedro Nuno Santos, em contrapartida, é encarado como o candidato com mais força e mais capacidade de dizer o que pensa.
Este estudo de opinião foi coordenado pelo ICS e pelo ISCTE para a SIC e para o Expresso. A informação foi recolhida num universo de indivíduos maiores de 18 anos, residentes em Portugal, através de entrevista presencial.
O trabalho de campo foi realizado pela GfK Metris entre 18 e 27 de novembro, tendo sido contactados 3163 lares elegíveis e validadas 803 entrevistas. A margem de erro máxima é de +/- 3,5%, com um nível de confiança de 95%.