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Ucrânia na UE: Portugal apoia adesão, Hungria criticada por querer cortar apoios

Enquanto Portugal mostra-se favorável à abertura de negociações para a adesão da Ucrânia, vários países da União Europeia endurecem as críticas à Hungria por querer cortar o apoio ao país do leste.

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O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira que Portugal apoia a abertura de negociações para a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), tendo em conta a recomendação da Comissão Europeia, mas defendeu que também se deve avançar no processo de alargamento aos Balcãs Ocidentais.

No debate preparatório da reunião do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, António Costa referiu que, nessa cimeira, um dos principais temas vai ser o alargamento da UE, observando que a posição do Governo sobre essa matéria "é bastante clara". O chefe do executivo indicou que o entendimento do executivo é que "todos os processos de alargamento devem ser avaliados com base no mérito e de acordo com a avaliação feita pela Comissão Europeia".

"Se a Comissão Europeia entende que se deve dar um novo passo em direção à abertura de negociações com a Ucrânia, Portugal acompanha a Comissão Europeia e apoiará que se avance no processo de integração europeia da Ucrânia", salientou.

“Posição da Hungria tem sido muito deplorável”

Vários países da UE endurecem as críticas à Hungria por querer cortar o apoio à Ucrânia. Kiev não quer ver a adesão congelada numa altura em que os ucranianos se preparam para passar o segundo Natal debaixo de guerra.

Os laços de Viktor Orban a Moscovo e a forma como insiste em terminar o apoio aos ucranianos cai cada vez pior entre os demais parceiros na União Europeia. E já poucos os escondem no arranque de mais uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros europeus.

"Não estou preocupada, mas a posição da Hungria tem sido, de facto, muito deplorável ao longo dos últimos meses. É crucial continuarmos a ajudar a Ucrânia enquanto for necessário. E não apenas para o rumo da Ucrânia, mas para o nosso próprio rumo", disse a ministra da Finlândia Elina Valtonen.

"A única leitura que posso fazer da posição húngara, não só em relação à Ucrânia, é que são contra a Europa", afirmou o ministro da Lituânia Gabrielius Landsbergis.

A Ucrânia não quer perder nem a ajuda militar nem a promessa de adesão à União Europeia, colocada em causa pela Hungria de Viktor Orban. Seria um passo atrás difícil de explicar.

Com LUSA