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De acordo com Costa sobre dissolução, Pedro Nuno Santos aguarda relatório da UTAO

Pedro Nuno Santos concorda com o primeiro-ministro sobre o Presidente da República não dever ter dissolvido o Parlamento. Sobre os professores, admite a possibilidade de recuperar o tempo de serviço.

Pedro Nuno Santos
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Pedro Nuno Santos, candidato à liderança do Partido Socialista (PS), concordou esta terça-feira com o que disse António Costa ontem, em entrevista à TVI, sobre o Presidente da República ter errado ao dissolver o Parlamento. Sobre os professores, acrescentou esperar que seja divulgada a investigação da UTAO “de forma que seja compatível repor o tempo de serviço com o cumprimento das metas orçamentais”

“Não estou em desacordo, pelo contrário, com o primeiro-ministro. Acho, no entanto, que temos já eleições marcadas e pelo menos o meu foco está já no 10 de março e no que entretanto foi decidido pelo Presidente da República. Foi decido, está decidido”, afirmou.

Sobre os professores, o candidato à liderança dos socialistas Pedro Nuno Santos admite a possibilidade de recuperar o tempo de serviço dos professores, mas garante que é preciso manter as contas certas.

Em reação às críticas do coordenador da UTAO, Rui Nuno Baleiras, por falta de meios para avaliar o impacto nas contas do Estado, Pedro Nuno Santos diz estar às espera das conclusões da unidade técnica de apoio orçamental.

“Era importante que a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) pudesse também fazer um cálculo. Reivindicam meios, ou a falta deles, para poder fazer esse trabalho. Julgo também que estão à espera de meios por parte da Assembleia da República […] Por isso aquilo que nós queremos é, tendo em conta os riscos reais da medida, faseá-la de forma que seja compatível repor o tempo de serviço com o cumprimento das metas orçamentais”, acrescentou.

O coordenador da UTAO que ajuda o Parlamento na gestão orçamental e financeira pública, disse a semana passada que é "insano" querer que a política orçamental seja a salvadora de todos". Para o responsável, existe uma "enorme histeria" em torno da inflação, mas não é só em Portugal.