As novas regras da prescrição de medicação crónica que permitem receitas com validade de um ano estão a complicar a vida a utentes, médicos e farmácias.
Esta sexta-feira, o ministro da Saúde admitiu que há ajustes a fazer no sistema informático, mas o projeto é para manter e acredita que irá mostrar ser uma melhoria do sistema.
As alterações à prescrição eletrónica de medicamentos foram introduzidas em agosto com uma previsão de três meses para adaptação das ferramentas informáticas. Assim, os doentes passavam a ter receitas com validade de um ano e as farmácias podiam dispensar as respetivas embalagens para cada dois meses.
O problema é que desde o final de outubro, quando entrou em vigor o processo, têm existido complicações para médicos, utentes e farmacêuticos.
Segundo o Jornal de Notícias, há receitas a sair com 500 embalagens. Os médicos queixam-se de posologias desfasadas das necessidades e os farmacêuticos têm de pedir aos utentes para voltar ao centro de saúde.
Refazer as receitas tem ocupado muito tempo aos médicos e dizem algumas associações e sindicatos que isso impede maior dedicação aos doentes.
As farmácias dizem que fazem o que podem para esclarecer os utentes, mas nalgumas situações não há alternativa a não ser ir pedir ao médico uma nova receita.