O presidente da câmara de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas, defendeu este domingo uma coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS e considerou que muitos eleitores votam no Chega por cansaço do atual estado do país.
"Desde o início defendi uma coligação entre o PSD e o CDS. Primeiro, pela história que temos em conjunto como partido, pelo que fizemos no país, aquilo que construímos. É muito importante essa aliança. Defendo e sempre defendi uma aliança pré-eleitoral entre o PSD e o CDS. Assim fiz em Lisboa", disse.
Questionado sobre se o PSD não deve procurar o apoio do Chega, em função dos resultados eleitorais das legislativas de 10 de março, Carlos Moedas salientou que nunca fez em Lisboa uma coligação com o partido liderado por André Ventura e garantiu que não o fará.
"Não me identifico e penso que aquilo que é a ideologia do Chega não se identifica com aquilo que é a governação de Carlos Moedas. Temos de respeitar o cansaço das pessoas que votam num partido como o Chega. Essas pessoas estão cansadas da situação atual", disse.
Para Carlos Moedas, "esse cansaço mostra as falhas da governação".
"Os votantes do Chega, muitos desses votantes, não votam por convicção nas ideias do Chega. Votam pela situação em que o país está há muitos anos e esta estagnação do PS", considerou.
Por outro lado, o social-democrata defendeu que o líder do PSD, Luís Montenegro "está a mostrar a sua capacidade e a sua fibra".