O presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu, nesta segunda-feira, que a experiência governativa de Pedro Nuno Santos é um cadastro político, acusando-o de ter gasto milhões de euros na TAP, em indemnizações e de ter adiado grandes investimentos.
O comentador da SIC, Sebastião Bugalho, acredita que o tom desta resposta de Montenegro é algo que se vai repetir mais vezes.
“Esta brutalidade no ataque a Pedro Nuno Santos já estava no frigorífico durante a disputa. Temos Pedro Nuno como candidato a primeiro-ministro e o PSD já se sente solto para o atacar”, referiu.
Também Pedro Delgado Alves, comentador da SIC, explica que este tom e intensidade “não é nada bom, porque não permitirá fazer a discussão de conteúdos”.
“Se o debate fosse só troca de argumentos ou de interpretações da realidade, estaríamos dentro do que seria uma campanha eleitoral habitual”, disse ainda.
Por outro lado, o comentador da SIC sublinhou que estes dois meses vão ser “muito intensos e que talvez a parte mais fácil seja a gestão do legado”.
“A união do PS ainda não existe”
Para Sebastião Bugalho, “a união do PS ainda não existe”, mas mencionou como a campanha “foi dura”.
“O discurso de Pedro Nuno Santos, apesar de vazio no que toca a propostas de políticas públicas quando discursou o seu discurso de vitória, foi um discurso moderado”.
E acrescentou:
“Pedro Nuno Santos quase que falou em maioria absoluta no seu primeiro discurso quanto líder do PS. Portanto, o Pedro Nuno que vamos ver a partir deste fim de semana é diferente daquele que se apresentou nos últimos anos”.