O dia em que aceitaram passar para o lado do Partido Socialista continua a não estar completamente resolvido na cabeça dos comunistas. Cumpridos os objetivos fundamentais, parece continuar a ser difícil encontrar a cola que permita voltar a juntar PS, PCP e Bloco de Esquerda.
Nesta entrevista à SIC Notícias dada no bairro onde mora, na margem sul do Tejo, Paulo Raimundo não põe completamente de parte a possibilidade de se voltar a sentar à mesa com o novo secretário-geral do Partido Socialista, mas as marcas que a geringonça deixou aconselham cautelas.
Depois de ter suportado dois governos socialistas, o PCP perdeu metade da representação parlamentar, um resultado negativo assumido pelas estruturas do partido que tem como objetivo reparar o dano no próximo dia 10 de março.
Paulo Raimundo está em funções há um ano e vai estrear-se em eleições legislativas em março. O único cargo eletivo que exerceu foi o de deputado municipal em Setúbal. De seguida, assumiu o lugar que Jerónimo de Sousa deixou livre no partido e encabeça as listas do PCP por Lisboa.