“Era um jovem aluno da Faculdade de Direito”. Foi com um grande sorriso que António Costa partilhou com a plateia que o ouvia um episódio da sua vida de estudante que o marcou particularmente.
“O Dr. Isaltino Morais era o meu monitor de Direito Constitucional. (...) Foi um ano de grande e intensa discussão político-constitucional, em que tivemos oportunidade de trocar vivos debates sobre a revisão Constitucional em curso”, revelou.
Foi no final do ano letivo, na altura de dar as notas, que Costa e Isaltino tiveram “a primeira divergência”.
“O Dr. Isaltino disse-me: ‘O Costa tem jeito para a política, mas de direito não sabe nada’ e disse que me dava um 13”, contou, provocando risos na plateia.
Mas Costa não aceitou, queria “pelo menos um 14” e Isaltino recusou. O então jovem estudante António Costa decidiu seguir diretamente para exame, numa tentativa de mostrar que era, de facto, um bom aluno de Direito.
“Fechei-me em casa, estudei e acabei com média de 16. O Dr. Isaltino apertou-me a mão, deu-me os parabéns e disse que efetivamente me podia ter dado o 14”, revelou, entre risos.
O episódio que durante anos o irritou, disse, tornou-se numa “dívida de gratidão para sempre”.
“Se não fosse ele, teria acabado o curso com 13, mas não saberia direito como posso, modéstia à parte, dizer que sei hoje. Não teria desenvolvido o gosto pelo estudo e para enfrentar os desafios. (...) Hoje temos uma relação de grande proximidade”, terminou por dizer.
O primeiro-ministro e o presidente da Câmara Municipal de Oeiras estiveram esta quarta-feira juntos na sessão de encerramento do protocolo celebrado entre o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IRHU) e a Câmara para a construção de 700 casas na antiga Estação Radionaval de Algés.