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Crise nas urgências: bastonário diz que médicos estão exaustos e pede ação ao Governo

Manuel Pizarro quer uma reorganização profunda dos serviços e aponta como falha a falta de resposta dos cuidados de saúde primários com mais de um milhão e 700 mil portugueses sem médico de família.

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Os médicos fazem por ano cerca de 18 milhões de horas nas urgências. Na Comissão de Saúde da Assembleia da República, o ministro da Saúde defendeu uma reorganização e disse que o problema está nos utentes sem acesso a equipas de saúde familiar.

Manuel Pizarro aponta como falha a falta de resposta dos cuidados de saúde primários com mais de um milhão e 700 mil portugueses sem médico de família.

O ministro avisa que a mudança não será feita a uma só velocidade. O bastonário alerta que os médicos já estão exaustos.

“Os truques, as recomendações de boas práticas que não são respeitadas não ajudam o SNS", disse o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.

O ministro diz respeitar o o direito dos médicos que se recusam a trabalhar além das 150 horas extra anuais, mas 2024 ainda vai trazer dificuldades.

“Eu quero um Governo e um Ministério da Saúde com coragem para resolver os problemas do Serviço Nacional de Saúde”, apontou ainda o bastonário da Ordem dos Médicos.

De acordo com os dados mais recentes, referentes a 2022, Portugal tem 63 episódios de urgência por cada 100 habitantes. A média da OCDE é de 17 por 100 habitantes.