O Ministério Público (MP) separou os processos da operação Influencer, o caso que levou à demissão de António Costa e à queda do Governo, e criou uma equipa mista para acelerar a investigação.
"O Ministério Público, por não concordar com o despacho do juiz de Instrução Criminal que aplicou as medidas de coação a cinco arguidos, do mesmo interpôs recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa, na passada sexta-feira", adiantou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR) em comunicado.
Segundo a PGR, em relação ao inquérito da Operação Influencer, tutelado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), foi também "decidido proceder à separação de processos, constituindo-se três inquéritos distintos e afetando-se equipas de magistrados a cada um desses inquéritos".
Inquérito a António Costa prossegue
O processo autónomo no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que investiga a ligação do primeiro-ministro à operação Influencer vai prosseguir articuladamente com a restante investigação pela conexão entre factos.
"Relativamente ao processo dirigido pelo MP junto do STJ, sem prejuízo da ocorrida autonomização, a conexão existente entre a factualidade ali objeto de investigação e a do DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal] justifica e exige que os processos prossigam termos articuladamente", lê-se num comunicado da PGR.
A PGR adianta que o inquérito autónomo no STJ vai contar "com apoio de todos os meios e elementos afetos aos inquéritos que correm termos no DCIAP".
"Deverão ser reportadas à Procuradoria-Geral da República as dificuldades ou atrasos que eventualmente surjam e que possam comprometer os objetivos das investigações", refere ainda o comunicado.