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Entrevista SIC Notícias

Rui Rocha admite entendimento com PSD “sem qualquer barafunda”

Na série de entrevistas a líderes partidários, chegou a vez de Rui Rocha. O presidente da Iniciativa Liberal coloca em pratos limpos uma possível coligação à direita e garante ambição para as eleições.

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O líder da Iniciativa Liberal mostra-se disponível, em entrevista à SIC Notícias, para um entendimento com o PSD saído das eleições de 10 de março. Rui Rocha recusa, no entanto, fazer parte de uma coligação com o Chega.

“Sem qualquer barafunda” à direita, a Iniciativa Liberal admite uma coligação pós-eleitoral com o PSD depois das eleições, “se houver resultados que o justifiquem”. Rui Rocha garante que “as duas partes estarão disponíveis” e recusa um cenário de instabilidade, apontando críticas à governação de António Costa.

“António Costa tinha uma maioria absoluta, teve 14 saídas do Governo, total instabilidade. António Costa é a última pessoa que pode falar de barafunda, porque essa foi a governação dele”, acusa o líder da IL.

Quando a um entendimento com o Chega, esclarece que o partido “sempre foi muito claro” sobre esse cenário e que tal não acontecerá.

“Reconheço que o PSD, não trazendo soluções em que estejamos alinhados, trouxe soluções para a habitação, para a saúde. Reconheço um esforço. Do lado de André Ventura só vejo barulho e agitação”, aponta.

O cenário dos 15%

Questionado sobre as previsões do partido para um resultado de 15%, Rui Rocha recorda que esse número previa um caminho diferente, num cenário a longo prazo de uma legislatura que fosse até ao fim.

No entanto, diz-se confiante no crescimento do partido.

“Os dados que temos é que a Iniciativa Liberal vai crescer. Para os 15% é difícil, mas somos liberais e ambiciosos.”

O risco de não ser eleito

Rui Rocha volta a ser cabeça de lista do partido por Braga e, apesar dos riscos, recusa antever um cenário de falhar a eleição e recorda que, da primeira vez que concorreu por Braga, “poucos acreditavam que seria possível”.

“É uma convicção, não faria sentido concorrer num sítio que não fosse Braga. Não creio que haja essa possibilidade [não ser eleito]. Confio muito nas pessoas em Braga. Se foi lá que fui eleito há pouco menos de dois anos, não faria agora sentido outra solução”, admite.