Os tempos de espera nas Urgências dos hospitais de Lisboa continuam mais altos do que o recomendado. Ainda assim, na maioria dos hospitais, a situação parece ter acalmado durante a manhã desta sexta-feira. A situação mais complexa é no hospital Beatriz Ângelo, em Loures, onde o tempo de espera chegou a ser de 14 horas para casos urgentes.
Na corporação dos bombeiros de Camarate, em Loures, tem sido difícil encontrar uma ambulância parada nos últimos dias. Têm estado sempre em emergências ou a transportar doentes para os hospitais, sobretudo para o de Loures. Admitem que a situação está mais tranquila do que há uns meses.
Mesmo assim, os utentes que chegaram na manhã desta sexta-feira à urgência, e receberam pulseira amarela na triagem, corriam o risco de ter de esperar mais de 10 horas pelo atendimento. Ter as ambulâncias tanto tempo paradas à porta de um hospital está a comprometer o socorro a outras pessoas.
Esta situação não tem acontecido só no Hospital Beatriz Ângelo. Nos últimos dias, outras corporações têm sido chamadas para dar auxilio a quase 50 quilómetros de distância porque os bombeiros daquela zona não têm conseguido dar resposta.
O hospital de Setúbal diz que a situação na urgência está normal para esta altura do ano. Têm feito em média 200 atendimentos por dia, um valor idêntico ao da mesma altura do ano passado.
No hospital Fernando Fonseca (conhecido como Amadora-Sintra) a afluência continua alta, mas está a baixar: esta quinta-feira foram feitos 633 atendimentos, quando no início da semana tinham sido registados perto de 900. Os tempos de espera, apesar de voláteis, também começaram a baixar na manhã desta sexta-feira.
O mesmo está a acontecer na urgência do hospital de Santa Maria: enquanto esta quinta-feira os casos urgentes podiam ter de esperar até 5 horas, na manhã de sexta-feira o tempo de espera rondava em média a 01:30.