O presidente do Chega, André Ventura, garantiu esta quarta-feira que o partido vai insistir numa audiência à funcionária da secretaria de Estado da Saúde que terá marcado a consulta das gémeas no Hospital de Santa Maria.
“Esta funcionária, ou estas funcionárias, que marcaram as consultas são quem melhores explicações podem dar do que fizerem, em que termos o fizeram e em que moldes e momento o fizeram”, afirmou André Ventura.
O presidente do Chegada considerou que é “absolutamente escandaloso que o PS e o PSD insistam em não permitir que todas as pessoas sejam ouvidas antes do Parlamento encerrar formalmente por ser dissolvido no dia 15 de janeiro”.
“Quando vemos a atitude do PS e PSD nesta matéria, que os dois estão preocupados em evitar o maior número possível de audições sobre o caso das gémeas”, sublinhou.
Deputados aprovam audição da ministra da Justiça
O requerimento, apresentado pelo Chega, foi aprovado por todos os partidos presentes na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias no momento da votação.
No debate da iniciativa, o deputado do Chega Bruno Nunes argumentou que a Assembleia da República é o local adequado para que a governante dê explicações sobre este caso, "e não através da imprensa".
O caso das duas gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa e receberam em Portugal, em 2020, o medicamento Zolgensma, com um custo total de quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, em novembro, e está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
Uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso.