O Partido Popular Monárquico vai integrar a coligação Aliança Democrática que, até agora, juntava PSD e CDS-PP. Já nos anos 80, a AD era constituída pelo PSD, CDS e PPM.
O PSD comunicou que o PPM vai integrar a AD em conjunto com o CDS-PP e esclareceu que o partido “quis assim recuperar na íntegra a antiga Aliança Democrática para apresentar ao país a alternativa reformista e moderada que Portugal precisa”.
Também em comunicado, o PPM referiu que, na útima segunda-feira, o Conselho Nacional do partido reuniu-se "para deliberar a respeito da realização de uma coligação eleitoral com o PSD e o CDS-PP no âmbito das eleições legislativas nacionais de 10 de março de 2024".
"Na reunião em causa, o Conselho Nacional do PPM deliberou, por unanimidade, integrar a coligação 'AD - Aliança Democrática' no âmbito das próximas eleições legislativas nacionais, após a conclusão, com êxito, das negociações que os partidos mantiveram nas semanas anteriores, ultrapassando assim as dificuldades iniciais na formalização do acordo", acrescenta ainda.
Em 21 de dezembro, foi conhecido que os presidentes do PSD e do CDS-PP iam propor aos órgãos nacionais dos seus partidos uma coligação pré-eleitoral, a Aliança Democrática, para as legislativas de março e as europeias de junho, que incluirá também "personalidades independentes".
No fim de dezembro, quando a coligação foi anunciada - sem a presença do PPM o neto de Gonçalo Ribeiro Telles disse à SIC que o avô seria favorável a esta AD do século XXI, e que “combateria o Chega com todas as suas forças”.
O analista político e consultor de comunicação afirmou ainda à SIC que a posição do PPM era "totalmente disparatada” e que o partido “só tinha a ganhar” com a coligação.
O Partido Popular Monárquico, que ficou de fora - brevemente - da reedição da Aliança Democrática (AD), esclareceu em comunicado que foi convidado para integrar a coligação com o PSD e o CDS, mas em condições que considerou “de caráter humilhante”.
Em 1980
Nas eleições legislativas de 1980, a AD também era composta por estes três partidos, com Francisco Sá Carneiro (PSD), Diogo Freitas do Amaral (CDS) e Gonçalo Ribeiro Telles (PPM) na liderança de cada partido.
A Aliança Democrática de 1980 foi convidada a formar Governo, tendo tomado posse a 3 de janeiro desse mesmo ano - há 44 anos esta quarta-feira - com Francisco Sá Carneiro na liderança.
No entanto, o Governo caiu antes de fazer um ano devido à morte do líder social-democrata. Até 1982, Francisco Pinto Balsemão governou em nome da AD, mas a coligação já se apresentava “desfeita” nas legislativas desse ano.