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Hospital de Penafiel: tenta-se agilizar as altas "de forma a conseguir espaço"

No Norte do país, as situações mais críticas estão a ser reportadas no hospital de Penafiel, que esta quarta-feira chegou a ter mais de 90 doentes internados na urgência. No mesmo dia, foram 698 doentes assistidos no São João.

Hospital de Penafiel
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O Hospital de Penafiel está a tentar acelerar, na medida do possível, as altas médicas para conseguir espaço para os doentes que precisam de internamento. Segundo uma das médicas do Hospital Padre Américo, a afluência aos serviços de urgência atenuou-se no fim de semana.

“Não há espaço, de facto, nem na urgência, nem no internamento. A maioria das nossas enfermarias tem já doentes no corredor alojados em macas. Já estavam ontem. Houve um esforço muito grande para tentar agilizar, tanto quanto possível, as altas que era possível de dar, de forma a conseguirmos espaço”, afirma Susana Costa.

A médica explica que “há doentes alojados nos corredores”, ainda que o hospital tente garantir esforços para alojar os doentes nas enfermarias.

“Isso é um trabalho diário de há meses que temos vindo a fazer. Claro que se complicou com um fim de semana festas de festas e de um pico de afluência dos doentes ao serviço de urgência, com situações graves que pressupõem e têm indicação para internamento”, acrescenta.

No Norte do país, as situações mais críticas estão a ser reportadas no hospital de Penafiel, que esta quarta-feira chegou a ter mais de 90 doentes internados na urgência. No mesmo dia, foram 698 doentes assistidos no São João.

Idosa morre enquanto aguardava em maca

A urgência do Hospital Padre Américo, no distrito do Porto, enfrentou, esta quarta-feira uma "situação caótica", com dezenas de doentes, num cenário que poderá ter contribuído para a morte de uma idosa na terça-feira, disse fonte da Ordem dos Enfermeiros.

Miguel Vasconcelos confirmou que na terça-feira, cerca das 20 horas, morreu uma idosa com pulseira laranja que aguardava há cerca de uma hora, numa maca dos bombeiros, para ser observada pela equipa clínica daquele hospital.

O Porto Canal noticiou que a morte da idosa, com cerca de 80 anos, ocorreu na terça-feira à noite, enquanto a senhora aguardava numa maca por observação.

Miguel Vasconcelos contou ainda que, nas últimas horas, cerca de uma dezena de ambulâncias têm permanecido em espera no hospital, situação que foi confirmada por comandantes que várias corporações de bombeiros da região.

"As equipas não têm capacidade e os profissionais acabam por entrar em exaustão", lamentou Miguel Vasconcelos.