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"A culpa não é de Passos Coelho e Portas. A culpa é de Costa e Pedro Nuno Santos"

Nuno Melo afirma que o voto na AD traz "uma lufada de ar fresco" a Portugal. Deixa críticas a Pedro Nuno Santos e a António Costa, culpa os dois governantes pelos problemas que se vivem atualmente no país.

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Nuno Melo defende que a eleições de 10 de março são o “referendo possível” que os portugueses vão fazer à governação dos últimos anos. Após a assinatura do acordo que cria a Aliança Democrática (AD) – uma repetição da coligação criada por Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa e Gonçalo ribeiro Teles –, o líder do CDS apresentou esta coligação como “a única alternativa credível” ao socialismo de António Costa e Pedro Nuno Santos.

“Acredito que as eleições de 10 de março vão ser a primeira oportunidade dos portugueses responderem ao referendo possível que lhe vai permitir dizer se aceitam ou não o estado a que Portugal chegou e se estão ou não disponíveis para fazer alguma coisa que mude o que hoje temos”, disse Nuno Melo.

O líder do CDS enumerou um conjunto de problemas que são “culpa” da governação de António Costa e Pedro Nuno Santos. Entre eles, a demissão de 14 membros do Governo em menos de dois anos, as filas intermináveis nos Serviço Nacional de Saúde e a falta de médicos de família, a pobreza, o descontrolo nas fronteiras e elevada carga fiscal sobre os trabalhadores, as empresas e cobrados como impostos indiretos.

“O PS governa há oito anos. Oito anos depois, vos garanto que a culpa não é de Passos Coelho, de Paulo Portas, do PSD ou do CDS. A culpa é de António Costa e de Pedro Nuno Santos”, gritou Nuno Melo, entre aplausos.

Direcionou também críticas a Pedro Nuno Santos, dizendo que o ex-ministro é “o rosto personalizado do desastre” na habitação. Criticou ainda aprovação de uma “indemnização de 0,5 milhões de euros, seguida de um surto amnésico, como se isso fosse normal”.

“Faz algum sentido que alguém que foi substituído por incompetência e que o próprio primeiro-ministro não quis que continuasse como ministro, agora ascende ao cargo de primeiro-ministro? Para mim não faz”, respondeu.

O líder do CDS considerou que a política portuguesa “chegou a tamanho surrealismo” que permite apresentar “alguém que está com o Governo anterior colado na testa” como "como uma coisa nova”.

Nuno Melo sublinha ainda que a crise política que levou à queda do Governo “não nasceu em Belém”, ou seja não foi causada pelo Presidente da República que decidiu a dissolução do Parlamento. “Nasceu em São Bento, pela mão de um primeiro-ministro que saiu e de um secretário de Estado que tinha ao seu lado.”

“Se há certezas na política é que não se conseguem melhores resultados apostando nos mesmos”, afirmou, defendendo que os portugueses têm de escolher se querem “mais do mesmo ou uma lufada de ar fresco para Portugal, traduzia por esta AD”.

Sobre os problema na saúde e na educação, o líder do CDS repreendeu a decisão de António Costa de terminar as políticas público-privadas (PPP) de norte a sul do país, que “transformou hospitais bem gerido e premiados em hospitais cheios de problema”. Censurou o “facilitismo” e defendeu a devolução de “autoridade aos professores”.

“É a demonstração acabada da maior incompetência: se se gasta mais, se se tem mais profissionais de saúde e se os resultados são maus, significa que a variável que faz a diferença negativa é, de facto, o Governo.”

Perante o anúncio de Pedro Nuno Santos, sobre a intenção de aumentar o salário mínimo nacional para os 1.000, Nuno Melo disse que o novo secretário-geral do PS se “esqueceu” do salário médio.

“A AD tem as ideias e as pessoas certas para fazer o que vos digo e para transformar Portugal num pais muito melhor”, afirmou. “Sempre que nos juntamos em eleições legislativas nunca perdemos. Estamos aqui par vencer as eleições e eu acredito profundamente que vamos vencer as eleições.”

Nuno Melo deixou ainda uma agradecimento aos fundadores da primeira Aliança Democrática, sublinhando que, apesar do cenário diferente que se vive no país, os três partidos têm “a mesma determinação no combate ao socialismo, no amor a Portugal” e a mesma “força para levar adiante este projeto”,