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Apoio do Estado à Global Media seria "desvirtuar" mercado e "premiar um infrator"

Para Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, o Estado atribui apoios transversais à comunicação social e "não apoios específicos para acudir a situações de dificuldades de um determinado grupo".

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O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, é contra a ideia de um apoio específico a um grupo de comunicação social - neste caso, a Global Media-, porque tal seria "premiar um infrator".

Pedro Adão e Silva falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do PCP e do Bloco Esquerda. sobre a situação na Global Media Group.

Perante os deputados presentes, o ministro declarou que o Estado atribui apoios transversais à comunicação social e "não apoios específicos para acudir a situações particulares de dificuldades particulares de um determinado grupo".

"Isso não só seria sempre um instrumento difícil de digerir, mas porque também corresponderia a um desvirtuar do funcionamento do mercado em que estaríamos a premiar os infratores", apontou.

Para o responsável pela tutela da Cultura, se o Estado injetasse capital na Global Media estaria "a prejudicar" os grupos que "respeitam as regras concorrenciais".

De recordar que os trabalhadores da Global Media estão esta quarta-feira em protesto em Lisboa, dia em que o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, a TSF e O Jogo cumprem um dia de greve, até agora com adesão total, segundo delegados sindicais. A manifestação também decorre no Porto.