Em defesa do jornalismo livre e dos postos de trabalho, os jornalistas do Global Media, que inclui o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias, O Jogo e a TSF, estão em greve até à meia noite desta quarta-feira.
A paralisação de 24 horas acontece no dia em que termina o prazo de adesão às rescisões propostas pelo grupo, que quer despedir entre 150 e 200 trabalhadores.
Juntaram-se às dezenas em protesto no Porto e em Lisboa e foram, ao contrário do habitual. Os jornalistas do grupo Global Media acusam a administração de querer esvaziar as redações e de em alguns casos interferir nas decisões editoriais.
A greve afeta a rádio TSF e as várias publicações, como o JN, o DN , o Jogo e o Dinheiro Vivo. A paralisação de 24 horas acontece no dia em que termina o prazo para aderir às rescisões propostas pelo grupo, que quer cortar entre 150 e 200 trabalhadores.
Apesar da administração da Global Media anunciar dificuldades financeiras graves, o Correio da Manhã diz que o grupo gastou mais de dois milhões de euros em novas contratações, sobretudo em consultores e assessores.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social abriu um processo de investigação e no parlamento têm estado a decorrer audições. O ministro da Cultura esteve esta manhã a responder aos deputados e está contra haver um apoio dirigido a um grupo de comunicação.
Autarcas e várias personalidades juntaram-se ao protesto, e os partidos reagiram com preocupação aos problemas na Global Media, com o Bloco de Esquerda a defender a nacionalização.
O grupo Global Media foi comprado por um fundo sediado nas Bahamas e não se sabe ao certo quem o detém.