Cerca de 32% das cirurgias cardíacas realizadas em hospitais públicos nos primeiros seis meses de 2023 aconteceram depois do tempo de espera previsto na lei. Também quase de 20% das cirurgias a doentes oncológicos aconteceram fora dos prazos previstos, segundo um relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
As cirurgias programas a doenças cardíacas apresentam o pior cenário, com 32% dos doentes a serem operados fora dos tempos médios de resposta garantidos.
Ainda neste relatório saltam à vista também os dados relativos às cirurgias oncológicas, que mostram que 19% dos pacientes foram operados nos hospitais públicos fora desses limites.
A lei diz que, dependendo da prioridade do doente, devem ser realizadas, no máximo, entre as 72 horas e os dois meses.
Consultas hospitalares
Em relação às consultas hospitalares, os dados apresentados pela ERS não abarcam a totalidade de atendimentos agendados e realizados nos hospitais públicos, por causa de constrangimentos informáticos.
Ainda assim, neste relatório também é possível concluir que aumento do número de consultas realizadas, mas em metade dos casos com atraso.
No caso das consultas de oncologia os tempos médio de resposta garantidos foram ultrapassados em 60%, mas na área de cardiologia estes números são ainda mais expressivos, com 89% das consultas a serem realizadas fora dos prazos.