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"Aqui jaz a Segurança Pública": polícias protestam com caixões frente ao Parlamento

Cada caixão em frente à Assembleia da República representa, segundo as forças de segurança, um ano de Governo socialista que foi “afundando” cada vez mais os polícias.

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As forças de segurança portuguesas estão, mais um dia, a protestar em frente à Assembleia da República. Desta vez, levaram caixões que representam a morte da Segurança Pública durante os oito anos de governação socialista.

Cerca de 200 polícias juntam-se esta segunda-feira em frente à Assembleia da República em protesto pela falta de medidas para apoiar o setor.

Esta vígila difere das outras, tendo em conta que dois carros funerários trouxeram oito caixões, em que cada um representa um ano do Governo liderado por António Costa.

O sindicato diz que com o passar dos anos, o Governo foi afundando cada vez mais a polícia que não resistiu.

Daí, lê-se num cartaz junto aos caixões alinhados: "Aqui jaz a Segurança Pública em frente à Assembleia da República. 1867 - 2024".

Braço de ferro

A contestação dos elementos da PSP e dos militares da GNR teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que não tem equivalente nas restantes forças de segurança e, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.

Estes protestos surgiram de forma espontânea e não foram organizados por qualquer sindicato, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

Na sexta-feira, após uma reunião com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a plataforma defendeu que todos os partidos políticos devem tomar "uma posição sólida e clara" sobre os direitos dos polícias antes das eleições legislativas.