Os dados laboratoriais do Instituto Ricardo Jorge são claros e os internamentos em enfermaria e até nos cuidados intensivos dos hospitais portugueses confirmam: neste momento, os vírus da gripe circulam com mais intensidade do que todos outros responsáveis pelas infeções respiratórias, nomeadamente o SARS-CoV-2.
É a tendência internacional e Portugal não foge à regra. A gripe está a crescer no espaço europeu. Os vírus que a provocam circulam com mais intensidade do que o VSR, o vírus sincicial respiratório, e até mesmo que o SARS-CoV-2, responsável pela covid-19.
De acordo com os números do Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe do Instituto Ricardo Jorge, só na primeira semana de janeiro foram detetados 1433 casos positivos para o vírus da gripe, a maioria (1387) do tipo A.
Há mais internamentos, não só em enfermaria, mas também nos cuidados intensivos.
Os mais velhos, com outras doenças associadas, são os mais afetados.
Desde a última semana de 2023 que a mortalidade tem estado acima do esperado na faixa etária acima dos 45 anos.