O comentador da SIC Notícias, Sebastião Bugalho, diz que os nomes dos cabeças de lista da Aliança Democrática não são uma surpresa, considerando que “há dois nomes que são bons e talvez sejam mais discretos que bons”.
“Diria que Eduardo Oliveira e Sousa, que veio da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), é um bom nome para Santarém. Por uma razão simples, é um distrito onde o Chega está a ter uma grande ascensão e um grande sucesso e um nome com este tipo de reputação junto dos agricultores (…) pode ser uma boa solução”, considera Sebastião Bugalho.
O antigo presidente da CAP, também, é uma boa solução tendo em conta que é “um corpo intermédio da sociedade”. Outro nome que Sebastião acredita ser “um bom regresso à política” é o antigo autarca de Óbidos, Telmo Faria.
"Aqueles que são novos não são surpreendentes e aqueles que não são surpreendentes também não são grandes novidades", refere.
Na convenção do Chega antecipava-se um discurso mais moderado de André Ventura?
Sebastião Bugalho garante que “não se pode chamar moderação ao facto do radicalismo ter ido para a outras bandeiras”, isto porque o radicalismo do Chega era de “rutura com o regime, com os nossos princípios de lei fundamental”.
“O radicalismo passou a estar dirigido, em particular a chamada ideologia do género e com as campanhas para sensibilização e para a tolerância de integração da comunidade LGBTQIA+, nomeadamente nas comunidades educativas”, diz o comentador
Ainda sobre o discurso do líder do Chega, Sebastião Bugalho, afirma: “o partido de André Ventura conseguiu prometer uma moderação, mas entregar uma bancarrota moral e financeira".
No Chega não há nenhum economista como “protagonista e a razão é porque as propostas do partido são suicidas do ponto de vista económico”.