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Listas da AD: o Conselho Nacional foi "um passeio no parque"

O editor de Política do Observador realça também o critério de escolha dos deputados, referindo que “a coligação AD tenta também ter uma parte de independentes e despartidarizar, porque as pessoas dizem muitas vezes que os partidos estão fechados neles próprios”.

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Na Edição da Manhã desta terça-feira, o editor de Política do Observador analisa a lista de deputados da Aliança Democrática (AD) aprovada esta segunda-feira, e que contempla 34 nomes do CDS-PP e um do Partido Popular Monárquico (PPM). Rui Pedro Antunes destaca a posição de Luís Montenegro, que conseguiu controlar a possibilidade de contestação com a entrada dos independentes.

“A grande surpresa aqui é que Luís Montenegro conseguiu fazer aqui um equilíbrio entre aquilo que eram os independentes e aquilo que era o peso do aparelho”, afirma.

Rui Pedro Antunes destaca dois momentos de tensão durante a reunião do Conselho Nacional.

“Houve ali um outro problema que foi na reunião, o líder da JSD da Guarda protestou com a cabeça de lista, dizendo que era a mulher do presidente da distrital, mas o secretário-geral do PSD pediu a palavra para ler o currículo da candidata a deputada e mostrar o mérito. Houve ainda outro pequeno problema, porque nas listas faltavam os suplentes do CDS, mas acabou por se resolver tudo”

"Passeio no parque"

"Tirando estas três pequeninas coisas, foi um Conselho Nacional em que, para o líder do PSD, acabou por ser um passeio no parque”, acrescenta.

O editor de Política do Observador realça também o critério de escolha dos deputados, referindo que “a coligação AD tenta também ter uma parte de independentes e despartidarizar, porque as pessoas dizem muitas vezes que os partidos estão fechados neles próprios”.

“Luís Montenegro fez e disse que ia colocar independentes e não escolheu só um ou 2 ou 3 para ter na lapela e dizer que os tinha. Escolheu nove em lugar elegível, o que é um número relevante para um partido que elegerá entre 70, 80, 90 deputados, dependendo de como correr ao PSD”, disse.