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Seca no Algarve: agricultura terá de reduzir 25% em consumos

Vai haver redução da pressão da água que chega a casa dos algarvios e a rega de jardins e enchimento de piscinas terão controlos mais apertados.

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Chegou a falar-se em cortes de 70% no consumo agrícola, mas o Governo cedeu ao protestos do setor. Para mitigar os efeitos da seca, a agricultura vai ter de reduzir em 25% os consumos no Algarve, sendo que no sotavento esse valor sobe para 50%. O consumo urbano e o turismo ficam pelos 15%. As decisões foram anunciadas esta quarta-feira no final da reunião interministerial da seca, que decorreu em Faro

As seis barragens do Algarve, por si só, já não têm água para assegurar o abastecimento da região até ao final do ano, mas as medidas deverão assegurar o consumo até ao próximo ano, com a reativação do aquífero da luz de Tavira.

A situação de seca severa vai obrigar a reabilitar furos municipais e o turismo apenas pode usar rega de sobrevivência.

Vai haver redução da pressão da água que chega a casa dos algarvios e a rega de jardins e enchimento de piscinas terão controlos mais apertados.

As medidas urgentes incluem apoios para os agricultores.

Em marcha estão medidas a médio prazo , que deverão ajudar, mas só a partir de 2025 ou 2026. Altura em que se espera que estejam a funcionar o transvaso do guadiana e a dessalinizadora, que vai aproveitar água do mar para consumo urbano, com o concurso a ser lançado ainda este mês.

Da reunião, que decorreu em faro, saíram 46 medidas, incluindo a cota de distribuição de água aos municípios algarvios.