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Bloco de Esquerda, PCP e Chega garantem que atualização dos salários dos professores é uma estratégia do PS

Os partidos concordam que o mais importante agora é concretizar os aumentos e respeitar os professores, no entanto os partidos consideram que a data de atualização dos salários dos professores foi escolhida para beneficiar o PS na campanha eleitoral.

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A partir de fevereiro, os professores contratados vão ter aumentos salariais e com retroativos a setembro. Os partidos Bloco de Esquerda, PCP e Chega garantem que a data escolhida para a atualização dos salários é uma estratégia do PS.

Os partidos concordam que o mais importante agora é concretizar os aumentos e respeitar os professores, no entanto consideram que a data de atualização dos salários dos professores foi escolhida para beneficiar o PS na campanha eleitoral.

“Os pagamentos que as eleições desbloquearam são bem-vindos. O que é irónico é que sejam precisas eleições para que uma medidas e de pagamentos que são justas saiam da gaveta e entrem em vigor”, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.

Já André Ventura, líder do Chega, esclareceu que “se foi planeado para calhar em dias estratégicos, mostra como o PS está agarrado ao poder e aos cálculos do poder".

Paulo Raimundo do PCP garante que "a única forma que aqueles que estão a fazer promessas se virem obrigados a cumpri-las não é pela força que tenham do ponto vista doutural é pela força que o PCP e o CDU tiverem, porque é isso que vai obrigá-los a cumprir as promessas que hoje estão a fazer ".

O secretário-geral da Fenprof concorda que a data não terá sido escolhida ao acaso,.

“Pagar na antevéspera do início da campanha eleitoral, tem haver com a campanha eleitoral. Se isto leva muita gente a desconfiar do assunto, leva, mas pode ter sido coincidência", disse.

Os ajustes vão ser feitos mais de dois anos depois de a Comissão Europeia ter aberto um procedimento contra Portugal e um ano depois do anuncio da medida. O Governo pretende corrigir as assimetrias criadas durante o período em que as carreiras dos professores e dos educadores estiveram congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017.

A medida vai abranger cerca de 20 mil professores.