O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Seia começou esta manhã a ser julgado no Tribunal da Guarda. Está acusado de prevaricação por ter viciado um concurso quando era vereador do PS na câmara.
Ao que tudo indica, Paulo Caetano terá passado informações à candidata que acabou por ficar em primeiro lugar.
A acusação relata que a pessoa em causa, irmã de uma chefe de divisão do município, estava a contrato a termo certo e que, por conta do crime ganhou vínculo definitivo à autarquia.
Em 2016 foi aberto um concurso e Paulo Caetano ter-lhe-á dado a ajuda decisiva.
Primeiro porque o aviso de concurso para técnico superior de serviço de educação só exigia licenciatura em física e química e a candidata vencedora tem bio química no curriculum.
Depois, porque segundo acusação, lhe entregou previamente algumas respostas bem como os critérios de correção de duas perguntas de desenvolvimento.
Em 20 concorrentes, a candidata que também está no banco dos réus foi a única a conseguir positiva na prova escrita e a primeira classificada.
A irmã, chefe de divisão da câmara de Seia, igualmente acusada de prevaricação garantiu que não meteu qualquer cunha a favor da irmã
que simplesmente estudou e passou.
A principal testemunha de acusação é o ex. marido da funcionária Municipal que terá sido beneficiada pelo antigo vereador. É militar em funções na GNR da Guarda para onde foi transferido depois de um atribulado processo de separação que chegou a tribunal e acabou arquivado.
Em silêncio ficou Paulo Caetano, que é técnico superior do Instituto de emprego e formação Profissional e provedor da misericórdia pelo segundo mandato consecutivo. É aliás um dos diáconos da Diocese. Foi vereador da câmara de Seia entre 2009 e 2017 e atualmente também concorre a um lugar de chefe de departamento na câmara de Seia.