Câmara de Lisboa impede realização da marcha anti-islão na capital, tendo em conta o parecer da PSP. O relatório enviado esta sexta-feira pelas autoridades avalia a manifestação de elevado risco, segundo noticia o Expresso.
A Câmara de Lisboa não irá autorizar a manifestação “Contra a Islamização da Europa” agendada para dia 3 de fevereiro no Martim Moniz e na Mouraria, após ter recebido um relatório da PSP.
“O parecer da PSP é claro ao salientar um elevado risco de perturbação grave e efetiva da ordem e da tranquilidade pública”, refere esta fonte ao Expresso.
Nesse documento, as autoridades expressam a sua preocupação com o evento, tendo em conta que o consideram de alto risco e que põem em causa a segurança dos cidadãos.
Esta manifestação teria de passar em zonas da capital onde residem e trabalham muitos imigrantes.
Por outro lado, a PSP também alertou para possíveis confrontos, tendo em conta que iria existir uma “contra-manifestação” no Largo do Intendente de grupos anti-racistas.
Posição de Moedas
Na quarta-feira, a Câmara de Lisboa aprovou por unanimidade um voto de repúdio sobre a ação de rua convocada por um grupo neonazi junto ao Martim Moniz.
O Executivo liderado pelo social-democrata Carlos Moedas condenou "toda e qualquer manifestação de caráter violento, racista ou xenófobo na cidade" e afirmou que a marcha se enquadra no crime de ódio previsto no Código Penal.
Caso a marcha não seja abortada pelas autoridades, é expectável que o dispositivo policial nas ruas onde vão decorrer os protestos seja aumentado, para evitar qualquer tipo de confrontos ou agressões.
Notícia atualizada às 20:36