“É este o momento de agir”: manifestantes debatem-se pelo direito à habitação

Decorrem hoje, em várias cidades do país, manifestações pelo direito à habitação e contra algumas medidas impostas ao setor. As plataformas "Porta a Porta - Casa para Todos" e "Casa Para Viver" têm previstas concentrações nas principais cidades do continente e ilhas.

A crise na habitação alastrou-se em 2023, abatendo-se em larga escala sobre a classe média, com impacto em rendas e créditos, agravando a situação dos mais vulneráveis. Em consequência, o ano foi pautado por sucessivos protestos, de norte a sul do país.

“É tudo isto que nos obriga a sair à rua por todo o país já a 27 de Janeiro. O ano começa com a situação da habitação a agravar-se, sem que as medidas possíveis de tomar agora sejam executadas e por isso este é o momento de agir! As famílias precisam de soluções”, acrescentam.

Em comunicado enviado dia 5 de janeiro, a plataforma “Casa Para Viver” defende que o Programa Nacional de Habitação 2022 – 2026 (PNH 22-26), “continua a apresentar insuficiências, limitações e contradições”.

“No início de outubro de 2023, o Governo tinha sinalizado que cerca de 86.000 famílias estavam em grave carência habitacional, mas o objetivo contemplado no PNH 22-26 para a construção de novos fogos públicos situa-se apenas 26.000 até 2026”, lamenta a organização.

Em outubro, a “Casa Para Viver” foi recebida pela ministra da Habitação, e em novembro a mesma plataforma deslocou-se a Bruxelas para protestar, em frente ao Parlamento Europeu, contra as atuais medidas na esfera da habitação.

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