A cúpula política está reunida na Quinta da Vigia, sede da presidência do Governo Regional da Madeira.
Miguel Albuquerque está a ouvir os homens da sua confiança como José Prada, secretário geral PSD, João Cunha e Silva, ex-vice presidente dos últimos Governos de Alberto João Jardim, Rui Abreu - Figura próxima de Albuquerque. Esteve com Miguel Albuquerque na Câmara do Funchal e no primeiro Governo Regional, e Jaime Filipe Ramos, presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
De referir que é a segunda vez que Jaime Filipe Ramos reúne com Miguel Albuquerque esta segunda-feira. Os dois estiveram reunidos cerca de uma hora, antes do encontro entre o presidente do Governo Regional da Madeira e o Representante da República na Madeira.
O chefe do executivo madeirense anunciou na sexta-feira que iria renunciar ao cargo, dois dias depois de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção na Madeira e que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), e de dois empresários ligados ao setor da construção civil e do turismo.
Já esta segunda-feira, no final da reunião com o representante da República, Miguel Albuquerque recusou-se a revelar o nome de quem irá substituí-lo, adiantando que iria reunir os órgãos do partido.
"Serão reuniões informais com as cúpulas do partido, no sentido de encontrarmos uma solução que esteja em consonância com aquilo que sejam os interesses também desta maioria [PSD/CDS-PP, com acordo de incidência parlamentar com o PAN] e em consonância com os interesses da população da Madeira", disse.
O representante da República aceitou a renúncia de Miguel Albuquerque, mas esclareceu que não tem efeitos imediatos.
Albuquerque arguido
O presidente do Governo da Madeira foi constituído arguido num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder, prevaricação, atentado ao Estado de direito, entre outros crimes.
O presidente da Câmara do Funchal, que também renunciou ao cargo, e os dois empresários ligados ao setor da construção civil e do turismo envolvidos no processo foram detidos numa operação policial desencadeada em 24 de janeiro sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias cidades do continente.
Os três detidos ainda não começaram a ser ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa.
Com LUSA