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Nome proposto gera discórdia e cancela reunião do Conselho Regional do PSD-Madeira

Miguel Albuquerque apresentou um nome para substitui-lo no Governo Regional da Madeira, mas o representante da República na Madeira recusou a proposta.

Miguel Albuquerque e Ireneu Cabral Barreto
Miguel Albuquerque e Ireneu Cabral Barreto
HOMEM DE GOUVEIA

Miguel Albuquerque renunciou esta segunda-feira às funções de líder do Executivo regional. No entanto, a escolha do nome para substituí-lo no cargo ainda é um problema a ser resolvido.

Albuquerque apresentou o nome de Eduardo Jesus, Secretário do Turismo, um dos que estava na lista de cinco “candidatos” que a SIC e o Expresso tinham avançado, mas o representante da República para a Madeira recusou a proposta.

A situação será reavaliada nos próximos dias.

Buscas e detenções na Madeira

Os três detidos na quarta-feira por suspeitas de corrupção na Madeira, entre os quais o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), começam hoje a ser interrogados, em Lisboa.

Depois de terem sido identificados na sexta-feira, no sábado os arguidos também estiveram no tribunal, mas os interrogatórios "não começaram formalmente", de acordo com Paulo Sá e Cunha, advogado do presidente da Câmara do Funchal.

Na sequência deste processo, Pedro Calado decidiu renunciar ao cargo de presidente da Câmara do Funchal, porque "entendeu que era a conduta adequada face às circunstâncias que está a atravessar", revelou ainda no sábado o advogado do autarca.

Os três arguidos foram detidos na quarta-feira, na sequência de cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias efetuadas pela PJ sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente.

A operação também atingiu o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido e anunciou na sexta-feira que vai abandonar o cargo, apesar de inicialmente ter afirmado que não se demitia.

Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência, segundo a PJ.