Depois de conhecidas as projeções que dão a vitória à coligação PSD/CDS/PPM nos Açores, com possibilidade de chegar à maioria absoluta, Luís Marques Mendes aponta as três conquistas da AD e ainda as três derrotas do PS.
O comentador SIC lembra que, ao longo da semana, as sondagens apontavam para uma derrota da AD ou para uma “vitória pífia”, a precisar de outros partidos para governar. Cenários que não se vieram a confirmar.
“Estes dados apontam exatamente em sentido contrário”.
Marques Mendes recorda ainda que esta é a primeira vitória do PSD nos Açores desde 1992 e que coloca Bolieiro nos livros de História, “porque volta a colocar o partido na rota das vitórias”.
Considera também que as eleições são um julgamento de quem está no Governo e que, a confirmar-se o resultado, a governação passou no teste. “Estava bem vista e, portanto, mostra que foi um erro o Governo ser derrubado”.
A derrota “pesada” do PS e a “amargura” do Chega
Sobre os votos do PS, o comentador SIC sublinha que esta pode ser uma derrota “relativamente pesada” para os socialistas, já que as expectativas era de que o partido “pudesse ganhar”. Até porque, há quatro anos, ganharam com 39% dos votos.
“A estratégia do PS foi associar a AD ao Chega, mas o papão do Chega não colou. Estratégia não teve sucesso”, afirma.
E como fica o Chega? Apesar de subir a terceira força política, o resultado “pode ter um sabor amargo”. Isto porque a solução governativa pode deixar o partido de fora e Marques Mendes explica o porquê:
- Se AD tiver maioria absoluta, o Chega não é necessário
- Se faltar um deputado, pode até haver IL
- Não havendo maioria nem IL, Bolieiro pode fazer um Governo de minoria, como Guterres fez no Continente