A Associação Representativa dos Polícias (ARP-PSP) apresentou uma queixa crime por suspeitas de ilegalidades na atribuição de serviços remunerados em esquadras da PSP. A organização deu também entrada de uma ação para obrigar o Estado a pagar o mesmo valor do suplemento de missão que atribuiu à Polícia Judiciária (PJ).
O valor dos chamados gratificados pode fazer a diferença no final do mês, pois em dias úteis das 8 às 20 horas, por cada quatro horas de trabalho os polícias recebem 40 euros.
No entanto, esse valor sobe até aos 60 durante o fim de semana e sempre que o horário entra pela madrugada entre as 18 horas e as 8 da manhã.
As denúncias de irregularidades nas escalas de serviço são várias, favorecendo alguns agentes em detrimento de outros.
Queixa crime em curso
O sindicato dos polícias indignado apresentou uma queixa-crime, que já chegou ao Ministério Público.
Esta queixa-crime envolve suspeitas de ilegalidades na atribuição de serviços remunerados em esquadras, com a alegada interferência de algumas das chefias da PSP.
A ARP-PSP exige um tratamento igualitário entre todos os polícias e, por isso, participou também o caso à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).
A PSP tem em mãos outras investigações de alegados esquemas fraudulentos, como o que foi revelado esta semana, e que envolve a Divisão de Segurança, a Transportes Públicos de Lisboa em prejuízo da CP.
Unidade Especial de Polícia de prontidão nos próximos dias
A associação deu também entrada de uma ação para obrigar o Estado a pagar o mesmo valor do suplemento de missão que atribuiu à Polícia Judiciária, o principal motivo pelo qual há mais de um mês polícias de todo o país protestam na rua com baixas médicas, ameaças de entrega das armas e boicotes a jogos de futebol.
Para que os recentes problemas não se repitam nos estádios, e em semana de carnaval, a SIC sabe que toda a Unidade Especial de Polícia está de prontidão e em condições de avançar para qualquer ocorrência.