O número de queixas dos consumidores à DECO aumentou no passado, sendo o setor das comunicações o principal motivo das mais de 1.000 chamadas diárias recebidas pela associação. A coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumir considera que a população está, atualmente, mais capacitada “para o exercício dos seus direitos”.
“Os consumidores estão mais informados, mais atentos, mais exigentes e, portanto, também mais capacitados para o exercício dos seus direitos”, defende a coordenadora do gabinete de apoio ao consumidor, Ana Sofia Ferreira.
O setor das telecomunicações volta a reunir o maior número de queixas, sendo a qualidade dos serviços, os períodos de fidelização e a faturação os principais motivos de queixas por parte dos consumidores.
“É uma grande criatividade dos operadores na interpretação da lei. Acabam por ter condutas que geram descontentamento nos consumidores”, acrescenta.
Para além de queixas relativas aos serviços de fornecimento de energia e água, comércio de bens e serviços financeiros, foram as queixas por fraude ou burla que cresceram de forma acentuada nos últimos dois anos.
“Os consumidores usam meios de pagamento, cartões virtuais, homebanking e mesmo o consumidor informado está sujeito a este tipo de burlas cada vez mais sofisticadas e, por vezes com prejuízo enorme. Tivemos o exemplo do 'olá mãe, olá pai'”, explica.
Nos últimos cinco anos, a DECO conseguiu devolver aos consumidores 30 milhões de euros, através de acertos de faturação ou reembolsos.
Em 50 anos de existência, que se assinalam esta segunda-feira, foram ajudadas cerca de 8 milhões de pessoas.