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São precisos 34.500 novos professores até 2030 para compensar aposentações

Sindicatos e professores querem que o novo Governo torne a carreira de docente mais atrativa e invista na formação de mais profissionais.

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A pouco dias do início da campanha eleitoral, sindicatos e professores são unânimes nas prioridades do novo Governo: garantir a formação e recrutamento de mais professores e a recuperação do tempo integral de serviço – uma reivindicação antiga que PS e PSD estão agora a prometer.

Apesar da promessa eleitoral agora feita pelos partidos, os professores lembram que é necessário valorizar a carreira docente, com uma reestruturação que a torne mais atrativa.

Segundo um estudo da Universidade Nova de Lisboa, até 2030 terão de entrar no sistema 34.500 novos professores para compensar as aposentações que irão ocorrer. Os sindicatos lembram que a formação dos professores é demorada e que o número de jovens docentes não é suficiente.

Nas contas da Fenprof, a semana passada estavam por preencher 531 horas em oferta de escola – a maioria na grande Lisboa – com substituições ao longo de todo o ano.

O absentismo dos professores é confirmado num estudo da Edulog: 11.000 faltas por dia, o que equivale a dois milhões por ano. A grande maioria das faltas (80%) são realizadas por 10% dos professores que têm doenças crónicas.

A capacidade de formar novos professores é reduzida, principalmente tendo em conta o número de alunos estrangeiros nas escolas portuguesas. Os diferentes intervenientes na luta dos docentes pedem ao novo Governo melhores salários, ajudas de custo e carreiras dignas.