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INE desmente Ministério da Educação e garante que abandono escolar aumentou

Em 2023, 8% dos alunos saíram das escolas mais cedo do que o esperado. Ainda assim, Portugal continua abaixo da meta europeia de manter até 2030 o abandono escolar abaixo dos 9%.

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O Instituto Nacional de Estatística (INE) desmente o Ministério da Educação e garante que no ano passado o abandono escolar aumentou em Portugal. Depois de anos em queda, a percentagem de alunos que saíram precocemente das escolas subiu para os 8%.

Numa resposta com poucos parágrafos, a tutela reconhece o trabalho feito nas escolas portuguesas e afirma que os anos de 2021 e 2022 foram atípicos e, por isso, os dados do ano passado só podiam ser comparados aos de 2020.

A justificação, conhecida no final da semana passada, depois de reveladas as taxas sobre o abandono escolar não convenceu o INE que, esta quarta-feira, reafirma o agravamento do abandono escolar precoce.

O Instituto Nacional de Estatística garante, aliás, que todos os anos são comparáveis e não deixa dúvidas sobre a subida de 1,5 pontos percentuais.

Em 2023, 8% dos alunos saíram das escolas mais cedo do que o esperado. Ainda assim, Portugal continua abaixo da meta europeia de manter até 2030 o abandono escolar abaixo dos 9%.

Na resposta enviada às redações, o Ministério pôs em causa o método de recolha de respostas, feita apenas através do telemóvel.

Também o modo como a taxa é calculada tem sido alvo de críticas. A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência lembra que o modelo está uniformizado a nível europeu.