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Entrevista SIC Notícias

Violência psicológica “é a mais comum” no namoro e é “transversal a todas as idades”

A campanha da PSP "No Namoro Não Há Guerra" vai às escolas sensibilizar os alunos contra a violência no namoro. Em entrevista à SIC Notícias, a subcomissária Inês Lemos deixa alguns alertas.

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As forças de segurança recebem uma média de cerca de oito queixas por dia relativas a violência no namoro. Neste dia dos namorados, a PSP lança a campanha "No Namoro Não Há Guerra", destinada sobretudo aos mais novos.

“A intervenção precoce é uma mais valia, até porque desde muito jovens formamos a nossa personalidade. Destina-se sobretudo a prevenir comportamentos desadequados nos relacionamentos”, explicou a subcomissária da PSP Inês Lemos.

Nos últimos cinco anos foram registadas 9.923 denúncias de violência no namoro, das quais 1.363 em 2023. Das 1.363 denúncias recebidas no ano passado, 916 referiam-se a relações de namoro em curso, enquanto 447 diziam respeito a situações de violência entre ex-namorados.

As vítimas são “na maioria do sexo feminino e na faixa etária dos 25 aos 45 anos.”

"Injuriar, ameaçar, ofender, agredir, humilhar, perseguir ou devassar a intimidade são formas dessa violência. Verificam-se ainda alguns comportamentos, principalmente entre casais mais jovens, que também se traduzem em situações de violência", sublinhou.

Em entrevista à SIC Notícias, a subcomissária PSP alertou também que a violência no namoro pode assumir várias formas, sendo que a principal é a psicológica.

“Não nos parece muito natural que queiram controlar o parceiro, o que veste, com quem está… violência psicológica e física, mas a psicológica é a mais comum e é transversal a todas as idades.”