Nos últimos anos, Portugal tem sido cada vez mais afetado por fenómenos extremos de seca e incêndios. Estará ou não o país preparado para um agravamento destes fenómenos e da frequência com que acontecem?
Menos chuva, temperaturas mais elevadas e um risco de incêndio acrescido a cada ano. Uma equação que tem um denominador comum: as alterações climáticas que acontecem em todo o mundo e se fazem sentir cada vez mais em Portugal.
Na opinião dos especialistas é necessário repensar uma economia sustentada no turismo de massas e numa agricultura cada vez mais intensiva, mas não só. É importante olhar para o país como um todo e compreender as desigualdades entre litoral e interior
Os desafios são transversais à sociedade e ao território e implicam olharmos para os períodos de seca, os incêndios, a erosão costeira e os aumentos da temperatura como desafios cade vez mais presente
Por cada grau de aquecimento global o país aquece a um ritmo de 1.2 graus Celsius e, se houver um forte combate às alterações climáticas, no melhor dos cenários Portugal enfrentará um aumento médio da temperatura de 1 a 2 graus até 2070. Mas, se nada for feito até ao final do século, o aumento pode superar os 6 graus Celsius.
Até ao ano 2000, Portugal enfrentava 1 a 2 secas severas a cada 10 anos, mas a previsão é que, entretanto, este cenário possa agravar-se e a frequência passe para 6 a 7 a cada década.
O desafio é global, mas as decisões nacionais podem facilitar e muito a forma como aproveitamos recursos e gerimos um futuro cada vez mais incerto e acima de tudo de extremos.