Os técnicos de diagnóstico e terapêutica cumprem esta quarta-feira o primeiro de dois dias de greve no norte e centro do país. O sindicato diz que a adesão ronda os 90%.
A meio da manhã dezenas de técnicos de diagnostico e terapêutica concentraram-se para se fazerem ouvir.
“Estamos nesta altura com condições salariais atrasadas cerca de 10 a 15 anos. No meu caso, por exemplo, que trabalho há 25 anos no IPO ganho sensivelmente mais 200 euros do que quem está em entrada de carreira", defende um dos técnico de radiologia do IPO do Porto Nuno Teixeira.
O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) aponta para uma adesão de cerca 90% dos profissionais.
“É incompreensível que o Governo continue sem clarificar, nomeadamente o Ministério da Saúde, aquilo que é a atribuição de pontos a estes trabalhadores, porque há desigualdade de tratamento nas diversas instituições do SNS, sendo que isto tem consequências graves no que é o reposicionamento dos trabalhadores”, afirma o presidente STSS, Luís Dupont.
A greve de dois dias começou na zona centro e norte do país, mas de acordo com o sindicato estão assegurados os serviços mínimos.
“O que se tem feito são reuniões e auscultações da opinião, e não negociações sérias. Negociações sérias implica ouvir o nosso lado e a desigualdade que está a ser criada”, diz o técnico Nuno Teixeira.
Esta quinta feira é a vez da região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve se juntarem aos protestos.