País

Interrupção voluntária da gravidez (IVG): UMAR pede menos objetores de consciência

17 anos depois da vitória do “Sim” ao referendo ao aborto pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez, a União de Mulheres Alternativa e Respostas reuniu para debater a atual situação da IVG que considera uma enorme conquista.

Loading...

A União de Mulher Alternativa e Resposta (UMAR) defende o alargamento da interrupção voluntária da gravidez para 12 semanas e apela à Direção Geral de Saúde a contratação de profissionais de saúde que não sejam objetores de consciência.

17 anos depois da vitória do “Sim” ao referendo ao aborto pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez, a União de Mulheres Alternativa e Respostas reuniu para debater a atual situação da IVG que considera uma enorme conquista.

“Eu saliento é pela unidade que as mulheres em Portugal poderão levar para a frente as suas conquistas, nomeadamente a concretização da intervenção voluntária da gravidez a seu pedido e em segurança”, afirma a vice-presidente da UMAR, Idalina Rodrigues.

Para estas médicas ainda há um percurso a fazer no Serviço Nacional de Saúde no que respeita às mulheres que pretendem interromper a gravidez.

“Em todas as instituições deve haver a preocupação de responder a esta necessidade. Neste momento o tempo de espera habitualmente para uma consulta são cinco dias. Até tem sido dada uma resposta cabal, mais ou menos de cinco seis dias, a nível nacional, mas chegada à consulta a pessoa tem de esperar normalmente três dias. São um atraso, muitas vezes, em idades gestacionais que já são tardias”, diz a média obstetra Ana Campos.

Quanto aos objetores de consciência pedem uma maior fiscalização.

“Em primeiro lugar as pessoas têm de declarar que são objetores de consciência. A objeção de consciência pode ser declarada na Ordem dos Médicos, não é obrigatório, mas deve ser declarada por escrito ao diretor executivo de cada instituição. Isso é muito importante até para os serviços e a direção saberem se têm pessoal suficiente para dar seguimento aos procedimentos que forem necessários”, explica a médica obstetra Maria José Alves.

Em Portugal, a interrupção voluntária da gravidez é permitida durante as primeiras 10 semanas de gestação