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Portugal lança segundo satélite para o espaço após 30 anos

Foi feito sobretudo no Ceiia em Matosinhos, mas contou com a Thales e a MIT nacional, com dinheiro do Estado e da Europa para chegar aos dois milhões e quase 800 mil euros.

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Trinta anos depois, Portugal lança esta segunda-feira o segundo satélite para o espaço. Pesa pouco mais de quatro quilos e vai ajudar na exploração dos oceanos durante os próximos anos. O lançamento acontece esta noite a partir da base da Space X, nos Estados Unidos.

As comunicações e a recolha de dados serão feitas depois a partir da ilha de Santa Maria, nos Açores.

O satélite português vai ser colocado em órbita a 510 quilómetros de altitude, ligeiramente acima da estação espacial internacional.

Um intervalo de 30 anos entre as imagens do lançamento do PO SAT e a concretização do nano satélite Aeros. Um três por um como lhe chamam os especialistas.

Em 30 anos, a indústria nacional cresceu muito, mas sem lançamentos energéticos,

Portugal tem muitas empresas a fornecer programas e equipamento para a indústria espacial, mas não sabia fazer um satélite de A a Z.

Está concretizado.

O satélite foi feito sobretudo no Ceiia em Matosinhos, mas contou com a Thales e a MIT nacional, com dinheiro do Estado e da Europa para chegar aos dois milhões e quase 800 mil euros.

Há agora o conhecimento para ter planeado, construído, testado e até legalizado o Aeros.

O Aeros é uma importante prova de conceito, o início de uma nova vaga nacional em que a indústria portuguesa poderá fazer satélites para substituir os aparelhos de alta resolução da Geosat, com propriedade nacional, mas por aquisição e de uma futura constelação atlântica também de iniciativa nacional que começa em parceria com Espanha, mas deverá alargar-se a outros países.

Para já, o Aeros sem fins comerciais vai fornecer muitos dados sobre a zona económica exclusiva nacional à universidades que nele participaram.