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BE assume-se oposição em Belém e quer mobilização "histórica" no 25 de Abril

Após a reunião com o Presidente da República, a leitura do Bloco de Esquerda, e de Mariana Mortágua, permanece a mesma: a viragem à direita é expressiva. Por isso, a luta irá para a rua.

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O Bloco de Esquerda já terminou a sua reunião com o Presidente da República, após as eleições legislativas. Mariana Mortágua esclareceu que o partido de esquerda irá tomar uma posição de oposição face a um Governo de direita.

Sendo o quarto partido a ir a Belém conversar com Marcelo Rebelo de Sousa, o Bloco de Esquerda apresentou-se esta sexta-feira ao chefe de Estado enquanto oposição ao Governo que a Aliança Democrática irá formar.

“O que o Bloco de Esquerda deixou ao Presidente é a garantia que seremos oposição determinante ao Governo de direita no cenário em que há uma viragem à direita do país e a esquerda não tem uma maioria face aos resultados eleitorais”, esclareceu, aos jornalistas, a coordenadora do partido, Mariana Mortágua.

Após os resultados eleitorais desfavoráveis para a esquerda - havendo uma clara maioria de direita no Parlamento - a leitura feita é “clara”.

“Infelizmente à uma viragem expressiva à direita que se verifica pela Aliança Democrática ter mais votos que o Partido Socialista, esse resultado foi admitido pelo próprio secretário-geral do PS logo quando deixou a conhecer que ficaria na oposição, essa é a leitura que fazemos”, esclareceu.

Por isso, o Bloco de Esquerda assume uma postura de combate. Sem maioria à esquerda, existe um apelo “às ruas”.

Mariana Mortágua voltou a frisar que o “Bloco de Esquerda assumirá uma aposição” e que quer “desde já falar com os partidos de esquerda para criar diálogo sobre o que aconteceu nestas eleições, sobre a oposição a um Governo de direita e as mobilizações” que querem que sejam as maiores.

O BE quer uma manifestação “histórica” nos 50 anos do 25 de Abril.

“Não é de prever que esta situação se altere com a contagem dos votos de emigração”, concluiu a coordenadora do partido.