É um problema que vários professores enfrentam há anos mas que se agravou no ano letivo de 2021/2022. As turmas são compostas - cada vez mais - por alunos estrangeiros, o que dificulta o método de ensino e a forma de aprendizagem.
A percentagem de chumbos entre os alunos estrangeiros é superior em 30% face aos alunos portugueses. Um aumento registado tanto no ensino básico, como no secundário.
Segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, a taxa de chumbos no secundário passou de 32,6% no ano letivo 2020/2021 para 36,9% em 2021/2022.
Já no ensino básico, a percentagem de chumbos foi de 10,9% no ano letivo 2020/2021 e de 13,1% em 2021/2022.
Números que preocupam pais e professores, que se queixam da falta de respostas adequadas. Numa sala de aula pouco preparada para lidar com as diferenças. A maior delas, a língua.
Mas para além da barreira linguística, outro dos fatores que pode explicar esta realidade é o facto de muitos alunos estrangeiros chegarem a meio do ano letivo, o que compromete o sucesso escolar.
O número de alunos estrangeiros a frequentar as escolas portuguesas tem aumentado nos últimos anos. Quase um em cada dez alunos do básico e secundário são estrangeiros.