O aumento do custo de vida é transversal a toda a sociedade, mas nas zonas mais desprotegidas, como o Alto Alentejo, as dificuldades são ainda mais acentuadas e a calma dos dias contrasta com a falta de esperança da população.
As reformas baixas, numa população cada vez mais envelhecida e a perder fôlego em número, deixam a população com pouca margem nos orçamentos familiares. Em Portalegre, um dos distritos onde mais se sentem as assimetrias do país, faltam as oportunidades.
Fixar populações, atrair investimento e criar emprego seriam os remédios desejados para que as famílias tivessem menos dificuldades em saldar as contas, mas tudo parece contribuir para o agravar da doença da interioridade. De forma natural, a população vai pedindo responsabilidades aos decisores políticos.
Se, em Portugal, três em cada quatro famílias vive com dificuldades financeiras, o saldo é ainda mais negativo no Alentejo onde faltam soluções para melhorar rendimentos.