País

Uber recusa aumentos durante a paralisação

As plataformas digitais de entregas ao domicilio vão pagar mais aos estafetas que não fizerem greve na noite desta sexta-feira. Os trabalhadores reivindicam melhores condições e queixam-se de trabalho escravo.

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Os estafetas das plataformas digitais estão esta sexta-feira em greve durante seis horas, das 18:00 à meia-noite.

A greve dos estafetas das plataformas digitais, como a Uber Eats, Bolt Food e Glovo, é a segunda no espaço de um mês e foi organizada através de um grupo do WhatsApp chamado "Estafetas Unidos", que reúne mais de mil trabalhadores de todo o país.

Espera-se que esta seja a maior paralisação de sempre, que visa exigir melhores condições de trabalho e o reajustamento das tarifas,

Os estafetas pedem o pagamento mínimo de três euros por entrega, mais 50 cêntimos por cada quilómetro percorrido em distâncias de dois a 4,9 quilómetros e um euro extra para viagens com mais de cinco quilómetros.

Os trabalhadores das plataformas digitais ganham atualmente entre 80 cêntimos e 1,20 euros por cada entrega, o que significa que, para terem rendimentos suficientes para as despesas, são obrigados a trabalhar 12, 14 e até 16 horas diárias.

A SIC entrou em contacto com a Associação Portuguesa de Aplicações Digitais, criada plas concorrentes Uber, Glovo e Bolt, mas foi recusada uma entrevista.