O PSD e o Chega alcançaram um acordo para viabilizar as propostas de nomes para a Mesa da Assembleia da República, revelou esta segunda-feira André Ventura.
“O PSD informou esta tarde o Chega de que viabilizará a nomeação dos vários dirigentes do Chega para os cargos de vice-presidente da Assembleia da República, secretário da Assembleia da República e de vice-secretário da Assembleia da República”, afirmou o líder do Chega em declarações aos jornalistas no Parlamento.
André Ventura não anunciou os nomes propostos para estes cargos, mas garantiu que os vai revelar até ao final do dia, depois de reunir com o seu grupo parlamentar.
Em contrapartida, “o Chega viabilizará a proposta que AD apresentou para a presidência do Parlamento”, o ex-ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco e também o nome proposto pela IL para vice-presidente, o deputado Rodrigo Saraiva.
“Este é um momento importante porque temos a capacidade de definitivamente arredar os socialistas e a extrema-esquerda dos lugares decisivos deste Parlamento”, destaca Ventura. “Garantimos uma maioria absolutíssima que conseguirá não só eleger o Presidente da Assembleia da República, o vice-presidentes da Assembleia da República."
Este "novo ambiente deve inaugurar um período de estabilidade” com a nova legislatura, destaca Ventura.
“É importante que, não tendo sido alcançados outros acordos, possamos dar ao país, a nível parlamentar, a estabilidade que é preciso para garantir que o Parlamento funcionará bem, em harmonia e a responder aos desafios das pessoas na área da saúde, da segurança, da habitação e nas diversas áreas onde o país se encontra em crise.”
Tânger Correa será cabeça de lista do Chega às europeias
O vice-presidente do Chega António Tânger Correa será o cabeça de lista do partido às eleições europeias de 9 de junho, anunciou ainda André Ventura.
O Chega vai às eleições europeias “para vencer”, diz Ventura, considerando que o candidato tem "a experiência política e o conhecimento do mundo internacional" necessários.
“O objetivo é evitar uma maioria de centro-esquerda ou do PPE no Parlamento Europeu, mas também evitar que Úrsula von der Leyen renove o seu mandato como Presidente da Comissão Europeia”, aponta.