Depois do Porto, este domingo, 31 de março, irá decorrer em Lisboa a marcha do Dia da Visibilidade Trans organizada pela Transmutar, rede de ativistas Trans, Não-Bináries e Intersexo.
“A marcha irá começar com uma concentração em frente à Assembleia da República, às 15:30, de onde partiremos rumo à Câmara Municipal de Lisboa, na Praça do Município, para a segunda concentração (…), mantendo em mente a recusa do [autarca Carlos] Moedas em hastear a nossa bandeira o ano passado”, refere a organização em comunicado.
Da Praça do Munícipio, a marcha rumará ao Rossio, no coração de Lisboa, onde estão previstos discursos e performances, e onde estará também disponível um “microfone aberto”. Há, contudo, conselhos e recomendações a ter em conta.
Entre os objetivos desta marcha estão uma exigência - “uma mudança em prol de uma sociedade pensada para todes” -, e uma intenção: “Queremos deixar bem claro que a política do medo e a estratégia de demonização das nossas vivências não nos irá empurrar de volta para o armário”.
“Não nos vão conseguir silenciar! Não esquecemos! Quanto mais cresce o fascismo, mais alto gritamos! Quanto mais nos tentam reprimir, mais visíveis seremos! A marcha é de todes nós!”
A 31 de março assinala-se o Dia Internacional da Visibilidade Trans. O dia foi criado pela ativista trans norte-americana Rachel Crandall, em 2009, contra a falta de reconhecimento das pessoas trans dentro da própria comunidade LGBTI e contra o facto de a única efeméride reconhecida à comunidade transgénero ser o Dia Internacional da Memória Trans, que lembra as pessoas trans assassinadas.
Desde 2023, a data passou também a ser nacional, depois de aprovada na Assembleia da República com os votos a favor do PS, Iniciativa Liberal, PCP, BE e dos deputados únicos do PAN e do Livre.